Qual formato de loja escolher para a expansão em supermercados? 7 dicas importantes!

Supermercado, atacarejo ou loja de vizinhança? conheça mais sobre os formatos e diminua os riscos no processo de expansão da sua rede, descubra 7 dicas importantes para refletir antes abrir novas lojas.

Loja de vizinhança, supermercado ou atacarejo: em qual desses formatos de loja o varejista deve investir para crescer de forma segura? Essa é a dúvida mais importante entre os empreendedores que almejam a expansão das redes varejistas hoje em dia. Isso porque são inúmeros os casos de abertura ou aquisições de lojas que não deram certo.  

Antes de mais nada é preciso definir bem os formatos que operam no mercado: 

Atacarejo

Formato em franco crescimento, principalmente entre as peqenas e médias redes do interior. Entre 2017 e 2019 inaugurou 314 lojas, praticamente a mesma quantidade dos 15 anos anteriores. No primeiro semestre de 2019, foi visitado por 63% dos lares brasileiros. Atualmente as redes regionais tem participado desse crescimento junto com os grandes players. 

A menor despesa de operação frente aos demais modelos é o principal diferencial desse formato. Ela fica na média dos 9,4 pontos percentuais mais baixos do que os de um supermercado. Outro ponto que fortalece o formato é o tíquete médio superior ao dos outros modelos. Além disso, o alto volume de vendas com sortimento mais enxuto propicia a concentração das compras e o ganho de escala junto aos fornecedores, potencializando a redução do custo de aquisição. Para tanto, a proposta de alto volume e baixo nível de serviço deve ser levada à risca. 

Supermercado

Oferece um mix diversificado, mantendo o foco em perecíveis, atendimento de qualidade e serviços em lojas que não ultrapassam os quatro mil metros quadrados. A união do espaço físico com a definição adequada do sortimento resulta no diferencial desse formato. Em geral, um mix de qualidade com produtos diferenciados, muitas vezes importados e de alto valor agregado gera maior margem e destaca a loja para o consumidor, fidelizando-o.  

No formato supermercado, o sortimento ideal, elaborado com base nos hábitos do consumidor local, traz como vantagem a melhor negociação com os fornecedores. 

A boa definição tende a aumentar o volume, o que pode gerar outros benefícios, como um menor custo de aquisição. Além disso, o serviço agrega valor e é facilmente percebido nos perecíveis, setor que exige espaço na loja, atendimento e qualidade. Desta forma, hortifrúti, açougue e padaria devem ser diferenciais trabalhados com disciplina e muita competitividade. Vale ressaltar que o ecommerce chegou para ficar e não pode ser ignorado por quem optar por esse formato de loja.

Vizinhança 

As lojas de vizinhança oferecem facilidade de acesso, comodidade, mix adequado e serviços diferenciados em um só lugar. No Brasil, em 2018 eram aproximadamente 65 mil pontos de venda com esse modelo de até quatro checkouts, de acordo com pesquisa GFK, com 228 metros quadrados de área de vendas em média e que atende aproximadamente 320 clientes por dia. Nesse formato é importante prever a multifuncionalidade e ter um quadro de colaboradores enxuto para manter o baixo custo da operação.   

Dos investimentos realizados, 42% das lojas de vizinhança pesquisadas pela GFK destacaram equipamentos e soluções de tecnologia, que somaram 42,3% dos desembolsos, confirmando que as pequenas estão se profissionalizando, investindo em tecnologia e gestão para crescer. Como boa parte dos produtos comprados nesse formato de loja é destinada para consumo no mesmo dia, um ponto forte é o movimento do consumo saudável. Resumindo, as lojas de vizinhança devem ficar atentas ao posicionamento mercadológico, captando sempre mais valor pela comodidade, facilidade e disponibilidade de produtos saudáveis oferecida, o que traz boa margem de contribuição.  


Consumidor quer multi formatos de lojas

Quem está pensando em expansão deve observar que uma das maiores mudanças recentes do varejo diz respeito à multicanalidade, que já se tornou um grande diferencial competitivo no mercado, não mais uma escolha. O consumidor aderiu à tendência e hoje escolhe o canal em que vai realizar suas compras de acordo com o momento. E é diante desse cenário que os empreendedores vêm buscando orientação para o melhor caminho. 

Na verdade, o consumidor continua ditando as regras e é ele quem acaba definindo o formato que tem interesse em cada varejo. Em outras palavras, a expansão da rede não depende mais somente do varejista.  

Do outro lado do balcão, o varejista experiente já percebeu que o ideal é que ele esteja presente em todos os momentos de compras, que participe da maior fatia possível da carteira do consumidor (share of wallet). Para alguns players regionais e até multinacionais, isso é possível. As empresas médias vêm direcionado esforços nesse sentido, abrindo Atacarejos e/ou lojas de vizinhança, diversificando os canais. Você também pode se interessar pelo artigo Atacarejo e suas variações.

O comportamento de compra
do consumidor nos supermercados

Se o consumidor dita as regras, as características de consumo local permitem ao varejista ter uma ideia do formato de loja que deve investir para a expansão da rede. Ele precisa observar o seguinte: 

  • Abastecimento pesado: lojas com preços mais baixos; 
  • Reabastecimento diário/semanal: lojas próximas; 
  • Compras rápidas, de urgência: lojas menores e no caminho do consumidor; 
  • Perecíveis e FLV: lojas próximas, com produtos de boa qualidade e especialistas.  

Não é difícil perceber que quem deseja participar de vários momentos de compra do consumidor hoje precisa ser multicanal e atuar em mais de um formato de loja, o que pode significar novos desafios.  

Como planejar a expansão

Uma expansão bem-sucedida começa com um bom planejamento estratégico, que deve englobar a abertura e a maturação da loja. A seguir, apresentamos um escopo macro do desenvolvimento de um modelo de negócio para a expansão, que se desdobra em vários pontos a serem analisados ao longo do projeto: 

Entre os questionamento que surgem com os desdobramentos, estão os seguintes: 

  • Qual o padrão das lojas a serem abertas e como isso influência no sortimento tronco? 
  • Qual a previsão mais correta para as vendas no local? 
  • Qual o capital de giro necessário, além do investimento? 
  • Qual será o resultado, a despesa total x faturamento? 


As respostas a esses questionamento ajudarão a nortear os investimentos, principalmente se forem orientadas por especialistas no assunto. O canal de solução de dúvidas gratuito no Whatsapp da R-Dias pode ajudar você  no processo de expansão do seu supermercado. 

Abrindo Atacarejo

Recentemente a R-Dias foi contratada para o planejamento e a abertura de um Atacarejo de 4 mil metros quadrados no nordeste. 


O trabalho começou pela construção de um planejamento que otimizou a mão de obra de cada seção. Criamos vários cenários com simulação de vendas e assim conseguimos evitar alguns erros na operação, gerando economia ao cliente. Os resultados foram surpreendentes: no primeiro mês de vendas o faturamento da loja chegou a R$ 11 milhões, seguindo em crescimento nos meses posteriores.  

Em outro exemplo, desta vez na região sul do Brasil, estruturamos o que denominamos Atacarejo Super Compacto, em uma loja de 1.200 metros quadrados. Nesse caso, contribuímos com o cliente em estudos nas seguintes etapas: 

  • Localização e análise de viabilidade econômica; 
  • Definição de sortimento; 
  • Layout do depósito; 
  • Exposição de loja; 
  • Orçamento base zero; 
  • Processos operacionais, otimizados para o modelo da loja; 
  • Dotação de equipe. 


Os resultados foram animadores: após esses estudos o cliente abriu o Atacarejo com despesa operacional de 9% e margem de 14%.

7 dicas para refletir antes da expansão

Nos dois casos apresentados o planejamento foi o ponto forte. A visibilidade dos passos e a maior segurança para a tomada de decisão foi levada em consideração, evitando prejuízos e aumetando o retorno sobre o investimento.  

Na avaliação de nossos especialistas, a habilidade da diversificação de canais e formatos vem tomando grande importância para as médias empresas regionais e tem se mostrado um diferencial competitivo, desde que seja alcançada de forma profissional e segura.  

A seguir destacamos alguns 7 pontos importantes para uma reflexão ante a ideia de expansão: 

1) Pense em bandeiras diferentes para atacado e varejo; 2) Entenda a diferença operacional entre os formatos, isso impacta o custo operacional; 

3) Pense nas diferenças dos formatos e das equipes comerciais. O mesmo vale para a equipe de operações; 

4) Questione-se: os seus colaboradores e os consumidores entendem as diferenças entre esses formatos? Atacarejo compra para vender e supermercado vende para comprar;

5) Atacarejo com despesas perto de 9% e supermercados abaixo de 20% é possível

6) Quais serão seus formatos concorrentes e quais os seus diferenciais competitivos: grande volume, excelente serviço ou proximidade? 

7) Ao encontrar um bom ponto comercial lembre-se de investigar qual a demanda existente por parte do consumidor. É a necessidade dele que dita o formato de loja a ser aberta naquele lugar.  

Além do que foi apresentado neste artigo, sabemos que existem outras dúvidas, como as experiências e expectativas do consumidor em cada tipo de loja, o que estão planejando os gigantes do setor, a transformação digital e a mudança de hábitos. Para se preparar ainda mais você pode baixar gratuitamente o ebook formatos de loja no varejo alimentar clicando aqui e também solucionar dúvidas pelo canal gratuito do Whatsapp: 11 998894834