A transformação do atacarejo: mudanças de estratégias e formatos

O formato Atacarejo continua crescendo no Brasil, mas vem sofrendo alterações e já deixa incertezas sobre os resultados.

Que o modelo Atacarejo (derivação do cash and carry) vem se popularizando no país não é novidade. Mas a questão é que ele vem sofrendo tantas mudanças e variações que tem deixado executivos e sócios diante de grandes incertezas.  

São muitas as perguntas que a equipe da R-Dias tem respondido Brasil afora, principalmente apoiando clientes na construção de estratégias vencedoras para realizar a expansão, maximizando os resultados a partir desse formato ou ainda ajudando aqueles que querem se proteger dele. 

Na verdade, num olhar mais amplo, a expansão das redes varejistas pelo Brasil ocorre em diversos formatos: supermercados abrem lojas no modelo express, redes médias do interior estão expandindo com o modelo atacarejo e muitas redes de atacarejo original vêm crescendo e buscando novos mercados. 

Em contínua expansão, o modelo atacarejo já chegou em cidades com população inferior a 50 mil pessoas. Para se ter uma ideia , a quantidade de lojas abertas entre 2017 e 2019 se equipara a dos dez anos anteriores. Em outras palavras, foram 10 anos de evolução em três, como podemos notar no gráfico abaixo: 

O crescimento considerável gerou derivações dentro do próprio formato. Há lojas que oferecem mais serviço que outras e há diversos tamanhos. Na avaliação de nossos especialistas, o atacarejo que oferece serviços como, por exemplo, desossa no açougue e atendimento no balcão, padaria e confeitaria com produção local, FLV com produtos processados, um bom mix, frios fatiados na hora, entre outros, estão sujeitos a altas despesas e perdas.  

Trocando em miúdos, as lojas ficam bonitas, mas custam caro para operar. Em vários casos as despesas chegam à casa dos 12%, em outros até ultrapassam os 15%, um percentual altíssimo para o formato de descontos. Casos assim apresentam fragilidade competitiva e correm sério risco no que diz respeito à perenidade do empreendimento. 

Posicionamento de mercado faz a diferença!

Temos acompanhado alguns estudos e o gráfico a seguir confirma a tese da R-Dias: conhecer o jogo e implantar um posicionamento de mercado que ofereça um real custo-benefício vantajoso para o consumidor é o melhor caminho para maximizar os resultados. 

Uma metodologia exclusiva, desenvolvida pela R-Dias, permite otimizar este posicionamento tornando-o capaz de dar dimensão concreta à estratégia da empresa, garantindo a expressão do custo-benefício para o consumidor com grande clareza. 

Perceba no gráfico que BOM CUSTO-BENEFÍCIO apresenta um maior grau de importância declarada, o que comprova que pouco serviço com preço baixo será bem aceito, como de fato tem sido. Seguido de perto por PREÇOS BAIXOS E PROMOÇÕES.  

Implantação do formato de loja Atacarejo deve ser bem estudada 

Recentemente, a R-Dias contribuiu para o desenvolvimento de um modelo de atacarejo compacto, uma loja com 1.200m² de área de venda. Essa unidade teve uma excelente performance, atingindo logo no primeiro mês um ótimo resultado em lucro líquido. 

O consumidor quer preço e alto nível de serviço, sim! Isso fica claro ao analisar o item DE FATO IMPORTANTE do estudo Nielsen. Mas, resta ao empresário definir o jogo que quer participar, ciente de que baixo serviço exige preço baixo para ser atraente e alto serviço demanda preços/margens mais altas para pagar a conta.  


Por isso, nossa preocupação com o atacarejo que possui altas despesas, pois ele se distancia da proposta de preço baixo e se aproxima do grande supermercado, porém com menor nível de serviço. Uma equação arriscada com o passar do tempo e principalmente quando o concorrente é um atacarejo “puro-sangue”.  

Com a despesa entre 12% e16%, os preços normalmente não são tão atrativos quanto os do atacarejo original que tem despesas em torno de 9% e 10%, com uma operação enxuta e, na maioria das vezes, um mix mais assertivo. Já vimos um caso em que um atacarejo desses retirou mais de 35% das vendas de outro com despesas altas.  

Consumidor dita as regras no varejo

Na visão de nossos especialistas, no médio prazo o consumidor perceberá onde tem preço baixo e o nível de serviço é mais alto. Ele tomará decisões em momentos distintos: por preço, para abastecimento, e por alto nível de serviço, em outros momentos de compra.  

Por isso, ficar no meio do caminho é arriscado. Entender a operação, as formas de operar com despesas baixas em todos os formatos e desenhar uma estratégia de expansão com segurança e sustentabilidade, no longo prazo é fundamental para a perenidade do negócio. 

A despesa está diretamente ligada à operação e para operar com eficiência é importante ter um bom benchmark, bons processos e métodos, além de grande expertise no varejo.   

Conseguiu ter uma ideia do que está acontecendo com o atacarejo no Brasil? Gostaria de mais informações? a R-Dias disponibiliza um canal gratuito para solucionar suas dúvidas pelo whatsapp, clique aqui e entre já em contato.