O que você faz com a informação de 500 ou 1.000 produtos pesquisados na concorrência? Conversamos nas feiras para supermercados com centenas de varejistas e um dos principais temas tem sido a estratégia de preços e posicionamento mercadológico – pricing.
Tem sido cada vez mais normal no mercado a pesquisa de preços dos concorrentes. Alguns supermercados utilizam tecnologia própria para isso em seu ERP, outras empresas contratam serviços terceirizados que geram centenas e as vezes milhares de informações, e tudo isso chega na mão do setor comercial para realizar a precificação ou o acompanhamento da concorrência. Na prática, diminuir os preços, salvo em raras exceções.
A questão chave é: o que essa informação agrega ao seu supermercado, além de diminuir os preços? Qual o posicionamento e a competitividade você quer ter perante os seus concorrentes?
A pesquisa de concorrentes é uma etapa importante do processo, mas a estratégia de precificação ou o famoso “pricing” antecedem a pesquisa. Ter os dados na mão é relevante, porém, mais do que isso, qual a função destes dados? Como utilizá-los? Quais os benefícios reais que o seu supermercado pode ter com o posicionamento mercadológico?
Outro ponto importante é como o seu supermercado se utiliza da pesquisa. É somente para acompanhar os concorrentes para baixo e assim queimar sua margem? Alguma vez você já utilizou a pesquisa para corrigir os preços para cima? Mantendo a competitividade, se fez isso, conte para a gente, queremos te dar os parabéns!
Ter preços menores geram competitividade, mas queimar margem, nenhum empresário gosta, certo?
Para utilizar a pesquisa de preços corretamente você deve saber quais são os seus produtos notáveis, aqueles que o seu cliente também pesquisa e são sensíveis a eles, ou seja, sua curva A de competitividade, aqueles itens que devem ser acompanhados de perto.
Além dos notáveis, em menor frequência devemos acompanhar os poucos notáveis, pois apesar de serem menos relevantes, são importantes na composição do resultados e das margens. Enquanto os notáveis devem ser acompanhados de uma a duas vezes por semana, os poucos notáveis podem ser monitorados quinzenalmente.
Ressaltamos que a forma da pesquisa e a frequência pode variar dependendo da região e da competitividade que deseja dar para sua loja.
Definidos os notáveis e poucos notáveis, outra estratégia importante é:
A competitividade comercial para cada grupo ou até mesmo por item, isso mesmo, item-a-item. Em determinadas regiões ou bairros, os itens devem ser tratados separadamente.
A competitividade está diretamente ligada a uma estratégia macro. Para aquele gestor que conhece os seus concorrentes e sabe qual jogo está jogando, ou seja, conhece os concorrentes e principalmente a entrega de valor deles, uma pesquisa estratégica e criteriosa contribui para descobrir novas informações. Sua loja entrega mais ou menos serviços? Qual a visão que o consumidor tem desta comparação entre o seu supermercado e os concorrentes?
Com essa informação é possível criar uma metodologia segura para a precificação, levando em consideração o comportamento do produto (notável/pouco notável), a entrega de valor dos concorrentes e a estratégia de competitividade.
Com todas estas definições e informações podemos também iniciar um posicionamento mercadológico completo, realizar as ofertas ou a gestão das ofertas de forma mais assertiva e melhorar a margem comercial dos supermercados.
Nos conte sua experiência em pesquisa de concorrentes e vamos juntos melhorar os resultados do varejo.
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